Perco a razão se disser que já não quero Olho para trás e sinto o desespero Afasto o olhar que me quer mal A vida acaba sem dar sinal Fechamos os olhos A quem nos quer bem Só vemos o espelho, não vemos ninguém Dou por mim a contar sorrisos – grave (Momento imprevisível) Surgem sempre d’ improviso Os dias vão Nem sabes quem és Sentes o chão a fugir-te dos pés Damos demais Damos sempre demais Voltamos iguais O silêncio fala-me ao ouvido Sei o que quer mas não vos digo Guardo algum rancor quando a certeza cai Faço um esforço mas nada me atrai Estamos bem, amanhã não sei Nada apaga o que vivi Andamos sós num mundo sem lei Foi esta a vida que escolhi Os dias vão Nem sabes quem és Sentes o chão a fugir-te dos pés Damos demais Damos sempre demais Voltamos iguais