Temia alvorecer. Paredes vivas não me escutam mais. Desvanecer, O tempo morre, leva minha paz. Ouço vozes No silêncio, Lembranças de um vulto teu Me apagam. Vai, tormenta meu pecar e eu te mostro o que é real: Fui o vazio que te fez mal. Por medo de acordar. Por medo de acordar Não posso mais sentir. Teu olhar. Teu... O quê vale a pena? Ainda sofro a maldição de respirar. Por mais que eu tema A luz do sol; parece deslumbrar. Pouco por fazer, Nada por tentar, Tanto por perder; Por nada. Vai, tormenta meu pecar e eu te mostro o que é real: Fui o vazio que te fez mal. O medo de acordar. O medo de acordar Me impede de sorrir. "Eu ousaria ouvir As verdades mais sombrias sobre o mundo Se saíssem dos teus lábios." Não posso mais suportar Tanta ausência e pranto, Meus dias não tem fim, me recolho ao cinza em mim, a luz cega meus olhos. Meus lamentos Escurecendo teu fulgor. Um abismo entre dois corpos só avulta a dor. Meu ser Se esvai; Eu respiro o vazio Do frio que me faz.