Na subida do morro me contaram Que você bateu na minha nega Isso não é direito Bater numa mulher que não é sua Deixando a nega quase nua no meio da rua A nega quase que virou presunto Eu não gostei daquele assunto E hoje eu venho resolvido a lhe mandar Para a cidade de pé junto Vou te fazer virar defunto! Você mesmo sabe Que eu sempre fui um malandro invocado Somente estou regenerado Cheio de malícia Dei trabalho à polícia pra cachorro Dei até no dono do morro Mas nunca abusei de uma mulher que fosse de um amigo Agora eu me invoquei contigo E hoje eu venho animado A lhe deixar todo quebrado E vou dar-lhe um castigo Meto-lhe um golpe kung-fu E arranco fora o seu umbigo (Falado) Catapaf, dei-lhe a primeira bolacha, mas o malandro era folgado, cheio de quais-quais-quais e resolveu me encarar. Ah, malandro, eu cheio de faixa preta, dei-lhe um grito chinês dei-lhe um balão "Iá!" e aí o melado escorreu. O melado escorreu, juntou gente, e aí no meio as mulheres nervosas "ai, meu Deus, o homem tá se esvaindo em sangue, chama o pronto-socorro, chama a ambulância" . Ficou aquilo "não joga um canforado, dá uma água com açúcar" , tinha pinta que até já tava na bronca comentou "que nada, dá creolina que ele fecha logo" . Ia passando um senhor de cabelo grisalho, camisa estampada e perguntou "cidadão, o senhor está exorcisando o rapaz?" Eu digo "que nada, cavaleiro, que nada... Essa pinta tava cheio de guéri-guéri então tou fazendo a cabeça dele porque eu sou cobra-criada" . Foi então que eu disse pra rapaziada (Cantando de novo) Vocês não se afobem Que o homem dessa vez não vai morrer Se ele voltar vai pra valer Vocês botem terra nesse sangue Não é guerra, é brincadeira Vou desviando na carreira A canadura já vem E vocês dizem que eu estou me aprontando Enquanto eu vou me desviando Vocês vão à justiça Pro homem do martelo é um papo dichavado Marcou bobeira na esquina Acabou sendo atropelado