Quero sentar nas varandas das casas Grandes de outrora Quero sorver a demora nessas prosas Mais antigas Quero ouvir as cantigas nas soleiras Das janelas E açucenas amarelas perfumando Mãos amigas. Quero enxergar jasmineiros enfeitando As fachadas; Donzelas enamoradas à espera De um amor... Quero sentir o sabor das iguarias De forno E o sopro de um vento morno mesclando Cheiro de flor. (Refrão) Quero voltar para mim e amansar As minhas ânsias, Quero abrandar as distâncias Nesses conflitos de esperas... Para povoar taperas que habitam Meus confins Pra florescer os jardins do meu Sonho primavera... Quero passear nas calçados repartindo O mesmo sonho... Nesse semblante risonho de crianças Em correrias; O revoar das cotovias à procura De abrigos, Cultivar os bons amigos dando razão Aos meus dias. Quero embalar utopias nas cadeiras De balanço... Quero ter um gesto manso do viver Interiorano; Quero ser um soberano no lugar Onde me achego Onde reina o aconchego entre seres Mais humanos! (Repete o Refrão)