No correr da estrada A luz apagada Já fulgura Na vastidão azul se mistura É então quando opõe A lembrança contrapõe Num momento tudo esqueço O que mereço? Refeitas pegadas Cinzas queimadas Lá atrás em desamparo Mais placas nas frentes vastas Haveria alguma direção que existisse amparo? Sem camada Da tela projetada Não sei se mais me vê Ou se um dia viu Mais que a cena de TV Que já assistiu E quando mais nada sobrar Potencializaria a equação do verbo amar? No acabar No após E durante Cada pegada escaldante Mesmo que pareça fora de alcance A miragem de real nuance Murmúrio em ecos tão perto Tornaria fértil o deserto? Vago afora Pelo interior que aflora Eu procurei por caminhos esvanecidos A maior parte Meu sangue em forma de arte Descalço em cacos entorpecidos Pedaços quebrados de vidros Cortam sem cauterizar E mais do que vermelho Reflete o atual espelho Pintado o coração Mistura Age Pinta Sem estante ainda é De [COR] AÇÃO