Como eu já quis eu consegui Lembrei do fim de tarde da minha cidade Ajuda a enxergar Além das montanhas voltar Eu fui além, num ponto que eu sei que ninguém vai se abrir para a verdade falar pra mim Na música ouvi meu jazz Pra me purificar lavei meus pés Eu me pus, a frente do sol do amanhecer Pra me esquentar, pra me queimar Pra me secar, pra me aquecer Me tranquei em mim O mundo já girou ao meu redor A lua disse que a terra vai girar Até eu não estar aqui Perfumes são almas presas em vidro E toda mágoa que me secava Eu esqueci no gin O meu café que ameniza O sopro gelado do vento Que me transporta ao passado Da pista de skate Me proporciona um beck do verde Me traz, o caminho de casa Com os grafites nas paredes Dias se passam e eu dentro de casa A noite chega e eu vagando entre minhas palavras O muro é grande cuidado ao tentar pular Difícil e superar a dor de não conseguir levantar O olhar vago da lombra Ali no canto a sombra E ela se encaixa bem quando ela tá dentro da seda Praia traz a calma que eu queria Pra juntar-se aos dias Que passo vagando, sentado na Alameda A vida é um conjunto de metáforas Crescemos juntos já passou os dias dos contos de fadas A vida é uma grande parábola Nós separamos chegou a hora de fazer as malas Talvez seja a tensão O ar tá rarefeito E tranca respiração Talvez seja emoção Um jovem louco com baseado perdido na imensidao Depois de tudo que vi nessa vida Você não hesitou em fazer despedida Eu preferi viajar Pra me lembrar o quanto o ar me traz a vida Enquanto a outra me traz a brisa Fechei o verso com habilidade Simplicidade ao por O vinho na taça por favor Que eu vou beber isso na humildade Que seja pra amenizar e transparecer Que seja pra sobrepor Que seja mais um alô A sensação de subir de elevador E tire a roupa se estiver com calor A nostalgia do boombap O mar ficou pequeno Pro meu amor pelo rap Cadeiras nos descansam as pernas Bem na fraqueza Montanhas são almas da natureza com certeza eternas E foi em um momento de clareza Que eu me vi na clareira E não estava as cegas Talvez seja a tensão O ar tá rarefeito E tranca respiração Talvez seja emoção Um jovem louco com baseado perdido na imensidão Não há nada que me prenda ao chão Em estado de ação Medicarão missão Mil dicas em vão Pois escolhi canção Só pra isso que eu tive Disposição, dicção É o que eu estudo minha intenção Me diz tudo sobre a missão Sobre o mundo Quando eu não nada muda Minha visão rara dádiva dada a mim Porque rimas não são em vão Variável, é constante Então que canse quando eu cantar Não me canso pois por enquanto De muito me vale a voz Alavanca, na minha levada abre portas Que o mau tranca, e o catranco Que tranca o peito Atravanca as brisa errada E o dilema dilata as minhas pupilas Enquanto a felicidade A vista avermelhada Talvez seja a tensão O ar tá rarefeito E tranca respiração Talvez seja emoção Um jovem louco com baseado perdido na imensidão