Século 21 aqui é comum Ver rabetas rendendo milhões E a fé de sacerdotes pautadas no artigo 171 Ver governante chamando trabalhador de vagabundo Enquanto a gente ajuda a eles a sustentar suas vagabundas A carapuça serviu? Tô nem aí Se tem medo da verdade vai fazer haraquiri Não acredito em conto do vigário Não vem me tirar de otário Milhões pra Bancar pepekas E sobra só 5 reais para o puto do salário? As disfunções burocráticas não são teorias socráticas É embassado nessa estrutura social A compreensão, a tolerância e sua dialética educacional Século 21 aqui é comum Onde o negro é uma peste E a a vacina é uma pistola Lá se foi uma cultura Mas para o Estado é só uma cura Agora foda-se! Era só mais um Onde Marieles, Marianas Julianas, la putanas As bonecas sem pepekas Precisam de Leis para valer a ética Patrimonialista Onde o direito de viver deveria ser normal e não causa política Século 21 aqui é comum Esse é o nosso Brasil, e olha nós aí de novo Escolhendo miliciano travestido de ovelha De mito, que em nome do Cristo salvará o nosso povo Eu fico puto, cadê a inteligência? Quando um governante faz merda é nossa gente que se ferra com tanta incompetência Eu vou seguindo, vou rimando Caminhando e cantando Sem lenço e sem documento