Bahia Dobra o rum, o cortejo chegou Para saudar a nobreza no andor Realeza e a bela iansã Leva o nosso afã, guerreira Guia o povo de mangueira O morro desceu pra lutar, oyá Oyá epahey oyá Iaiá A sonhada liberdade Desafia a claridade No gingado dessa gente Iaiá Pelas ruas da verdade Exaltar baianidade Lá onde quebram correntes Alforria pra quem, senhor? Eu venci cativeiro Proibido de ser, africano na cor Assentei nos terreiros Pelos galhos do pai, ago A cidade é d’oxum, aieieô Na mensagem de exu, o caminho é amor O meu samba ensinou! Ventre do meu salvador Nasce ao som do Pelô, a alma do gueto Identidade nagô, tamborim, agogô: É som de preto! Fios de conta e axé Cantos do meu candomblé Na pele pintada, ressoa o tambor da timbalada A minha escola de alma lavada Pra vencer (No ilê aye!) Oxalá Reflete na igreja do Bonfim Cortejo ancestral da mãe baiana Emana esse amor que não tem fim A Bahia é verde e rosa: Mangueira! Sou teu filho a desfilar (desfilar) Toda brisa é ventania, folha seca é poesia Da herança de além-mar (Mangueira) A Bahia é verde e rosa Sou teu filho a desfilar Toda brisa é ventania, folha seca é poesia De além-mar!