Laroyê e Mojubá, liberdade Abre os caminhos pra Elza passar Salve a Mocidade! Essa nega tem poder É luz que clareia É samba que corre na veia Lá vai menina Lata d’água na cabeça Vencer a dor, que esse mundo é todo seu Onde a água santa foi saliva Pra curar toda ferida Que a história escreveu É sua voz que amordaça a opressão Que embala o irmão Para a preta não chorar Se a vida é uma aquarela Vi em ti a cor mais bela Pelos palcos a brilhar É hora de acender No peito a inspiração Sei que é preciso lutar Com as armas de uma canção A gente tem que acordar Da lama nasce o amor Quebrar as agulhas que vestem a dor Brasil Enfrente o mal que te consome Que os filhos do planeta fome Não percam a esperança em seu cantar Ó nega! Sou eu que te falo em nome daquela Da batida mais quente O som da favela A resistência em nosso chão Se acaso você chegar Com a mensagem do bem O mundo vai despertar Deusa da Vila Vintém Eis a estrela Teu povo esperou tanto pra revê-la