O meu viver coringa-camaleão Cabe em qualquer canto-canastra É qualquer rima-canção É buraco, é toca Poesia-refrão É jogo, é selva, dinheiro ou não Se afunda em milhares de olhares infindos Renasce no ódio, amor no silêncio Divino momento de busca e espera Me espera de bruços, me espera, me espera Envolto em risos, lágrimas e cantos O meu viver se sacia e cria mais sede De olhos e braços abertos me canta Me diz que um dia ainda me espanta