Na gineteada da vida oiga-le vida aporreada Onde um índio aposta tudo pra ganhar uma patacada A vida hoje me obriga entrar nesta gineteada Por mala-suerte meu deu o baio venta rasgada La me vou enforquilhado sentando os ferros e mangaço O arcado vai bufando dando o coice e manotaço Até parece o capeta corcoveando no espaço Com gana de me quebrar as duas canas do braço. Corcoveia, corcoveia baio capeta aporreado Só por birra eu prossigo no teu lombo enforquilhado. Corcoveia, corcoveia baio capeta aporreado Só por birra eu prossigo no teu lombo enforquilhado. Ai tu podes corcovear me fazer beijar o céu Rodopiar par qualquer lado no mais medonho escarcéu Hoje te quebro o corincho ou me vou pro beleléu Sou mais capeta que tu debaixo do meu chapéu. ETA matreiro teimoso baixa o toso caborteiro Vamos ver qual de nós dois o mais terrunho campeiro Antes de eu lavrar o chão te faço roçar primeiro Se nós dois trocar de ponta que tristeza meu parceiro.