Uma cantiga sinuelando um novo dia Que vem floreada na garganta de algum galo A água mansa murmurando lá na sanga Rumor de cascos e o relincho dos cavalos Um quero-quero anunciando uma visita Pelos potreiros, mugido e berro de gado Ronco de cuia nos mates da madrugada E o minuano assoviando no alambrado Bater de remo no sarandeio das águas O peão costeiro espichando um sapucay A gritaria de um reponte estrada a fora Num era boi taureando o tempo que se vai Payada, trova, poesia, pataquadas E as invernadas cadenciando um sapateio Golpes de mango e o tilintar das chilenas No entrevero da gauchada em rodeio O Sol do sul é a canção da natureza Fazendo eco nos costumes do rincão É a voz do pampa timbrando a vida da gente Em cada verso que exalta a tradição O som do sul é um chamamento de alegria Pra comungar a história xucra deste chão Onde o gaúcho entrega a alma pra o floreio De uma cordeona destrinchando um vanerão Nossos cantores num rádio de goela aberta Reverenciando a saudade nunca desfeita Do Teixeirinha, Honeyde e Pedro Raimundo Do José Mendes, Noel e Gildo de Freitas A contagiante vibração dos imigrantes Fé e alegria nos domingos de grenais Força gaúcha no aplauso caloroso Para quem canta o Rio Grande nos festivais O Sol do sul é a canção da natureza Fazendo eco nos costumes do rincão É a voz do pampa timbrando a vida da gente Em cada verso que exalta a tradição O som do sul é um chamamento de alegria Pra comungar a história xucra deste chão Onde o gaúcho entrega a alma pra o floreio De uma cordeona destrinchando um vanerão