Walter Bernardino

A Linha da Vida

Walter Bernardino


As vezes me vejo parado pensando em nós
Momento que tudo falamos calando a vóz
Em que ao invés de sorrizos gemidos de dor
Mas não por doer e sim por amor
Carícias malucas e tanto querer

A vida, um mar revoltoso a me conduzir
Em sonhos que eu posso acordar sem nunca dormir
Um rolo saiu pro asfalto e passou sobre mim
Eu leio um romance que nunca tem fim
Da linha traçada na palma da mão

Vou ou! Na corrente das águas
Vou ou! Com saudades e magoa
Vou ou! Pelo meu sentimento
No desejo da carne procurar por você

Vou ou! Nas estradas do tempo
Vou ou! Pelas ondas do vento
Vou ou! Me entregando ao destino
Sem mistério e sem trevas ao teu lado viver

As castas e búzios, pesságios que podem dizer
A sorte, a morte, verdades que fazem doer
As vezer até acredito em reincarnação
Nas linhas traçadas na palma da mão
E coisas que muitos não vão entender