Oh! Pátria mãe Me dê sua mão Não me abandone Também sou filho seu Mesmo com frio Sem teto e com fome Mesmo que ninguém Me chame pelo nome Sigo dormindo em praças Na esperança de sonhar Embaixo de marquises Tentando me abrigar Catando latas e rasgando sacos Sempre a procurar Algo pra me sustentar Chegou a hora de mostrar que é gentil Querendo ou não Sou o futuro do Brasil Eu não nasci ruim Nem muito menos praticando o mal Então, porque o meu futuro é ser culpado De um presente marginal Tenho medo desse olhar Que me olha e não me vê Que está em toda parte Rádio, cinema, jornal e TV Porque ninguém vem falar comigo Vem me procurar Pois, somente o que preciso É uma chance pra mudar Só queria se ouvido Esse é meu apelo Pra que um dia desperte Desse pesadelo