Caio fraco em teus braços Esperando amanhecer Já no chão sem teu abraço Esperando renascer Seus beijos são correntes que me prendem Seus cabelos são cordas que me enforcam Beije minha face novamente E vá embora Caminho cego no escuro Me apoiando nos muros Entorpecidos passos Lembrança de teus braços Seus lábios são segredos, meu tormento Seus dedos e seu toque, meu sossego E com tuas misteriosas mãos, me mate Pra onde agora, sem teu sorriso Agora é hora, de refletir Por não como tentamos intervir Amor por compaixão A Deus por redenção Um abraço, a despedida e a partida Tua voz me rouba a calma Suas palavras são navalhas Teu rosto presente em minhas memórias Às vezes faz bem, às vezes Às vezes retalha Teus olhos são vermelhos e me lembro Que suga os meus sonhos, meus desejos Já que nunca terei tua alma Me encare, me encare Eu sou a morte, me encare Estou viva, me encare Eu estou aqui, me encare Morto-vivo, me encare Me encare A eternidade, me encare Me encare, me encare Eu sou o nada, me encare O anjo lhe peço, me encare Me encare, me encare Me encare, me encare