Vitorino

Valsa do Passeio Público

Vitorino


Sei, 
Dos teus segredos 
Inconfidência 
Descuidada no olhar 
Que me brindaste avesso 
À súplica do meu... 
Foi, 
Num fim de tarde 
(Já era Maio) 
Fiquei preso no sorriso, 
Que vago soltaste 
Ao vento da ilusão. 
Três tempos 
Tem esta valsa 
Embala o coração 
Sigo inebriante odor 
Alada inspiração. 
Mas cuidado, oh indiferença vil 
Não vá, o meu olhar 
Virar cinzento, lâmina afiada 
De gentil punhal.