Eu cheguei até aqui sem um coração que bombeia Carregado pela vida e a maldição que me rodeia O amor é tão distante, e não é meu artifício Quem conhece a dor da vida, vê na morte o benefício Da maldição que eu convivo foi imposto que eu engula Tentando me aliviar, vejo que nada mais anula A dor da perda, sempre sinto que estou atrasado A frente de um coração que bombeia mesmo quebrado Eu sei que é errado, mas quero você de volta Emancipando meu final, devotando minha revolta Egoísmo descontrolado, impossível de mensurar Não importa o quanto eu gritar, nem mesmo se eu vou chorar Eu não te protegi devido a minha impotência Mas hoje sou impotente de viver na sua ausência Ausência de felicidade presente no território Vivendo preso as amarras cativas do purgatório Mesmo não ferindo o corpo, a minha alma se lesiona A sanidade esvaída a sua existência se questiona Se eu sou o problema a solução eu abandono Imprudente como um gigante, egoísta como um demônio É bem difícil de aceitar tudo isso que aconteceu É bem difícil de aceitar que tão nova ela morreu Eu cheguei até aqui sem um coração que bombeia Carregado pela vida e a maldição que me rodeia O amor é tão distante, e não é meu artifício Quem conhece a dor da vida, vê na morte o benefício E com o passar do tempo o tempo vem piorando Aos poucos todos os laços foram se dissipando Olhe pra mim, me diga o que você vê Um garoto angustiado que aos poucos se acostumou Com toda essa solidão, com o trauma sem nem saber Não era pra você ver o que nos tornamos Não era pra você ver como todos nós já mudamos É bem estranho ver que tudo está diferente eu sei! E o pior, vejo que eu fui o que mais mudei Como uma árvore estava amadurecendo E quando a raiz morreu o resto também foi morrendo Talvez, o meu pecado aliviou meu desespero Eu cheguei até aqui sem um coração que bombeia Carregado pela vida e a maldição que me rodeia O amor é tão distante, e não é meu artifício Quem conhece a dor da vida, vê na morte o benefício Te mostrarei toda a verdade Se encostar um dedo em quem eu amo, já mais terei piedade O rosto calmo hoje esconde os horrores do meu ser E as minhas lembranças só me lembra do que desejo esquecer Quanto mais o tempo passe, quanto mais eu padecer Meus sentimentos no corpo irão desaparecer Eu cheguei até aqui sem um coração que bombeia Carregado pela vida e a maldição que me rodeia O amor é tão distante, e não é meu artifício Quem conhece a dor da vida, vê na morte o benefício