Rio meu de muito tempo Já muito o tenho sofrido E muito o tenho gozado Nunca me banhei no Copacabana Nunca fui ao Corcovado Nunca fui ao Pão de Açúcar Por tudo quanto é sagrado As mulatas do Catete Meio escravas meio senhoras Não dão bola para mim Das favelas sem beleza saem sambas bem bonitos Das favelas miseráveis Sai uma beleza de samba Dormi no albergue noturno Sonhei com a amada distante Fui preso incomunicável Na rua da Relação Na Lapa nunca fiz ponto Não fiz ponto no Leblon