Todo dia é um instante, Um espaço ausente aonde mora ninguém. Outra folha caía, Era a voz que cabia no silêncio refém. Toda dor que se erguia Era alguém que sabia que não sabia amar. E cada vento que sopra Transportava pro mundo, o que já devia estar bem. É nesses dias que ninguém é herói. Quando dói. Quando a chuva cai. A outra dose parecia real e fez ficar tudo bem. Naquela desordem, sombria e selvagem, Cabia saber que o futuro não vem sem olhar pra traz. O pensamento, suspenso, rejeitava, profundo, todo dia de sol. Um pequeno intervalo preencheu de lembrança E a garganta de nó. Veio a farsa, no espelho, E a verdade na face transbordando de si. Era o tempo doente ou viver novamente. Ou viver novamente. Ou viver novamente como num déjà vu. Vê? É nesses dias que ninguém é herói. Quando dói. Quando a chuva cai. A outra dose parecia real e fez ficar tudo bem. Naquela desordem, sombria e selvagem, Cabia saber que o futuro não vem sem olhar pra traz... Vê como num déjà vu.