VírusCarinhoso

Foice, Facão e Peixeira

VírusCarinhoso


Pega o facão, pega o facão
Pega o facão que é pra cortar bambu
Pega o facão que é pra cortar cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono

Pega o facão, pega o facão
Pega o facão que é pra cortar bambu
Pega o facão que é pra cortar cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono

Acha que é dono da porra da terra
Acha que é dono da porra do mar
Acha que é dono dessa porra toda
Subindo mais prédio, não sabe cuidar

Não sabe o que planta, porém come lixo
E pra viver você tem que pagar
Você tem iPhone porque pode
Mas porque o filho da doméstica não pode estudar?

Pega o facão, pega o facão
Pega o facão pra cortar o bambu
Pega o facão pra cortar a cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono

Pega o facão, pega o facão
Pega o facão pra cortar o bambu
Pega o facão pra cortar a cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono

Cabeças vão rolar nessa noite
Cabeças vão rolar na minha foice

Cabeças vão rolar nessa noite
Cabeças vão rolar na minha foice

Eu vou contar uma história
Que se foda a guerra
Luto pelos dias de glória
Quer prometer paz, levando a vida na discórdia
Te faço sofrer até pedir misericórdia
Sou do tipo que não
Teme, sofre, chora
Filho da puta pira quando me ver na vitória
Exu honra quem segue no corre da batalha
A quem deseja o mal, entrego a ponta da navalha
Anyway
Cê não se dispõe pra bater de frente
Sem deixar pra depois
E já que onde come um, come dois
Minha rima o jantar, engole antes de falar
E se reclamar a mãe te bota pra mamar
Morre na punheta, cê nunca sai do lugar
Hoje além da história, tenho um recado pra dar
Me desculpa mas cê nunca vai chegar em meu patamar, you bitch

Cabeças vão rolar nessa noite
Cabeças vão rolar na minha foice

Cabeças vão rolar nessa noite
Cabeças vão rolar na minha foice

Eu corto o pescoço enquanto admiram meu rosto
Se quiser colar vai ter sangue branco a gosto
Me diz o que cê vê no fundo do meu olho fosco
Acha que sai com vida, eu te provo o oposto

Sou eu que faço o patrão descer a ladeira
Foice, facão, peixeira
Sou eu quem encomenda o terno de madeira
Foice, facão, peixeira
Sou eu, silenciosa, fatal e ligeira

Foice, facão, peixeira
Foice, facão, peixeira
Peixeira
Peixeira

Não tô pra brincadeira
Íntima da morte, pois morri a vida inteira
Já não conte com sorte, ela não está à mesa
Com a gente é no corte ou deitada na fogueira

Porque essa gata não tem dó
Vamo de cortar a neka mati desses ocó
Quenda! Eles querem me ver morrer?
E mais uma vez eu sobrevivo no êque
E pras taburu eu viro otin e acendo a taba
Minha energia de mapô nunca acaba
Enquanto compro mais 300g de picumã
Quero na bandeja cabeça de alibã

Pega o facão, pega o facão
Pega o facão que é pra cortar bambu
Pega o facão que é pra cortar cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono

Pega o facão, pega o facão
Pega o facão que é pra cortar bambu
Pega o facão que é pra cortar cabeça
Do senhor de engenho que acha que é dono