É de manhã que nasce o dia Tal qual a minha vontade de sumir Amontoados que se ninham Em cartões molda o corpo pra aquecer De mim não vai rezar história Conserta um ponto final na exclamação Depende da forma que morra Morte bizarra como um cão Marquei num lugar o número mil Me lembra um canil, mas é o meu lar Não tenho bom ar, nem consigo ter Se é o lixo do chão é onde eu vou comer Pular calçadas, corre o dia Tal qual os sonhos que tinha, tudo foi De todo mal que me acosta A indiferença é de tudo o que mais dóis Quando penso: O que é que faço Como é que tudo isso pode acontecer? Tateando quão fina é a linha Entre o algo em ser e o desvanecer Marquei num lugar o número mil Me lembra um canil, mas é o meu lar Não tenho bom ar, nem consigo ter Se é o lixo do chão é onde eu vou comer Marquei num lugar o número mil Me lembra um canil, mas é o meu lar Não tenho bom ar, nem consigo ter Se é o lixo do chão é onde eu vou comer O fim da tarde traz o medo Nem sei ao certo daquilo que será Todo esse assombro, checo a fome Que se acendeu e há que enganá-la já