Quem olha nos meus olhos não crê Que eu apaguei o mundo E desci ao inferno pra ver o sol Um dia estive só com você Só pra eu abrir mão de tudo E ceder meu destino pra um outro sol Não mereceu nem luto A morte da chuva Eu quero um minuto de tudo Não quero o que é muito de tudo Não mereceu meu susto A morte de deus crua Eu quero meu susto mais fútil Eu quero meu susto mais fútil Como é bonito o meu corpo sem órgãos Se alimentar de uma porção de vidro O fim do que é sozinho É um brinde ao que se cala Pra que toda arte Exponha o que se partiu Vai ser o auge do show Meu sucesso irrelevante Não mereceu nem luto A morte da puta Um féretro alegre no fundo O mais morto defunto do mundo Não mereceu nem susto A sorte de ser surdo Eu quero meu susto mais fútil Eu quero meu susto mais fútil Como é bonito o meu corpo sem órgãos Se alimentar de uma porção de vidro O fim do que é sozinho É um brinde ao que se fala Pra em toda parte o homem morrer de rir Vai ser o auge do show Quem padece é irrelevante Quem olha só com os olhos não vê O assunto que eu discuto É preciso um sentido que falta em nós