Cheguei na beira do porto Onde as onda se espaia As garça dá meia volta E senta na beira da praia E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia, ai, ai Quando eu vim da minha terra Despedi da parentáia Eu entrei no Mato Grosso Dei em terras paraguaia Lá tinha revolução Enfrentei fortes batáia, ai, ai A tua saudade corta Como aço de naváia O coração fica aflito Bate uma, a outra faia E os óio se enche d'água Que até a vista se atrapáia, ai... Nóis se cruzemo na espiral da vida Mais de uma vez eu tenho consciência De que na vida não tem coincidência, ai, ai Nóis se gostemo e se tornemo amigo Mil música cantemo pros nossos ouvidos Os lás e os bemóis acordes dissonando Em perfeita harmonia, ai, ai Mas um dia chegou e nóis desprevinidos (e nóis desprevinido) Caímos no chão como dois inimigo (como dois inimigo) Nos batendo, estropiando, destruindo o construído (destruindo o construído) No fundo do tacho um gosto de fel Mas um dia as abelhas se voltam todinhas E no milagre da lida No milagre da lida o amor vira mel Êta nóis!