Pelas estradas de lá Ou nos porões de além mar A saudade teima em deixar O candeeiro aceso Pálpebra ferida anda Debulhando as folha da cana Se pudesse encontrava Ana Ainda hoje cedo E os filhos da escravidão Têm cheiro de gás e carvão E talvez se percam mais cedo As moças do brejo da cruz Da rua Da palma ou Da luz Têm muito de soluço e medo Não vou me condenar nem penar Sob essa tua lei Não posso construir o meu com o barro de vocês Não vou me condenar nem penar Sob essa tua lei Não posso construir o meu lar Com o barro de ninguém