Eu não tenho tempo a perder Meu pavio é curto, tenho que correr Seu caminho de surto não te faz crescer Pode crer, falo sério Sem mistério, todos eles caem no tédio Falam merda sem critério Agora eu vejo eles entrarem no necrotério Como não ficar puto? Foda-se a fama e o mundo! Difícil ser real nesse mundo de ilusão Escrevam histórias como Braga Netto Por que esse ouro é meu brilho? Por que fui o escolhido? Passando as férias em Paraty com a Paty Tu dúvida? Fui mesmo! Minha estadia foi foda Minha ascensão é agora Todos sabem que sou o último poeta brasileiro Com o flow de Fábio Assunção Tô cansado nego Me aposentando nego Minhas palavras parecem criptografadas nego E é o que me dá desespero Garrafa chilena, ela muda sua fala Ela quer voar mas mal sabe andar Tem medo do diabo? Vai ficar de fora Aqui o Rio tem sempre algo que te apavora Tô fazendo isso pela minha família Fui atleta apenas pra ganhar ginga O tempo de militar, já até queriam me imitar Já era tendência por isso roubaram minha camisa Tá que pariu, sou foda! Só uma pergunta: Essa mina de boca aberta não é aquela que peguei lá fora? Eu tô brincando de verdade De verdade Caraca! Esse dá pra fazer um refrão Lalai lalai lalai lalai lalai lala Lala lala lala lalai Sou o cara do momento certo Odeiam preto nessa porra Por isso sempre tem um branco de terno 40 Graus, o ano todo E eu uso meu casaco de pele É pra invejar mesmo essa porra Na favela sou exemplo dos moleques Corram atrás dos seus sonhos Pelo menos faça um se realizar Quando olharem pra mim Você vai ter algo pra se orgulhar Os amigos do João agora são meus prometers Os amigos do Vincent são quem fazem me cantar a noite toda Pois ainda sou de verdade O mundo me paga, mas ainda sou de verdade Querem me sentir na pele? Querem saber como matar minhas ideias em série? Mas acho isso tão estúpido Ridículo são esses caras levarem seus compositores no estúdio Não sou como esses bunda Dinheiro é recompensa pra minhas letras tão profundas Nem quero falar seus bundas sujas! Fazer minha história ou contar de quem viu As histórias das pessos que passam pela Avenida Brasil Não sou rato pra andar em esgoto Cada selfie que tiraram comigo eu os tornei mais famoso Tô tentando ser humilde De Santa Cruz pro Caju, eu já vi crime Avenida Brasil era tema pra alguns grimme Você pode vir, falar mal e até me odiar Mas você vai ter que me pagar Deixe eu falar, espera um pouco Descobri como O mundo da voltas neguinho Por isso sempre chego e somo E sumo, cheio de mina nos meus shows Flow tao frio, são assim que saí meus versos