Daqui 4 bilhões de anos o nosso universo vai começar a esfriar Uma estrela de média massa com o nosso sol irá exaurir todo seu hidrogênio e apagar Daqui 6 bilhões de anos as galáxias de andrômeda e via láctea colidirão Suas massas serão somadas e uma só coisa se tornarão Em 800 bilhões de anos a luminosidade das galáxias começa a decrescer As estrelas anãs vermelhas se transformarão em estrelas anãs brancas e assim vão morrer Daqui 2 trilhões de anos todas as galáxias fora do nosso superaglomerado local Emitirão tão pouca luz que será impossível detectá-las afinal Daqui 100 trilhões de anos toda a formação estelar vai acabar. Nenhuma nova estrela vai nascer no universo. Uma a uma, todas as estrelas que jamais existiram se apagarão até a última. O universo vai se tornar extremamente escuro, dominado por buracos negros, mas até mesmo eles evaporarão via radiação hawking. Em 10 duotringilhões de anos todos os buracos negros terão vaporado e o universo vai estar praticamente vazio, a não ser por alguns fótons, neutrinos, elétrons e positrons, que voarão de lugar a lugar sem nunca se encontrar Eu não consigo Parar de pensar nisso Eu preciso Viver como um ser humano normal É impossível não pensar que a nossa existência não seja um mero grãozinho do grãozinho do grãozinho de areia em meio a esse inimaginável e gigantesco universo que não só é mais estranho do que a gente imagina, mas mais estranho do que a gente consegue imaginar. Mas talvez esteja aí a beleza de tudo isso. A gente entender que a nossa finitude faz parte de todo esse processo incrível e valorizar ao máximo essa experiência maluca que o acaso nos concedeu