De onde eu venho meu parsa A fome arregaça topo é miragem O sangue mancha a farda Eles só protegem quem tem dinheiro Cheio de dólar na mala Tudo à vista, putas, viagens Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro Chega junto pra ver o que acontece Em plena luz do dia A rotina que só gera estresse E desanda as crianças A pergunta que não quer calar Porquê da covardia Em resposta à violência massiva Espancando a esperança Tá provado que na sociedade Quem manda é o dinheiro E daqui quem consegue ainda É visto como escória Prova que a realidade do topo É um desfiladeiro Se venderam da lama pro lodo Isso aqui vai pra história Tô por mais áreas de lazer E nosso lazer não é só futebol Fórmula do novo aprender Não é prender E não tá só na lousa Não precisa ser pedagogo Filho meu não morde o anzol Pra aprender a conquistar As próprias coisas e não ter que roubar Espalhados pelo meu Brasil Muitos sem moradia Desacertos daqui nos consomem E nunca vem à tona Imagina como é suportar E enfrentar o dia a dia Se até o pouco que você tem O sistema te toma Velho fardo é a sobrevivência A mercê do estado Pra lidar com tudo isso aqui Haja paciência Se um deles ouve meu som Eu vou ser forjado Num país que até tem dinheiro E não tem decência De onde eu venho meu parsa A fome arregaça topo é miragem O sangue mancha a farda Eles só protegem quem tem dinheiro Cheio de dólar na mala Tudo a vista, putas, viagens Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro De onde eu venho meu parsa A fome arregaça topo é miragem O sangue mancha a farda Eles só protegem quem tem dinheiro Cheio de dólar na mala Tudo a vista, putas, viagens Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro De onde eu venho meu parsa A fome arregaça topo é miragem O sangue mancha a farda Eles só protegem quem tem dinheiro Cheio de dólar na mala Tudo a vista, putas, viagens Meus manos vivendo à margem O país virando um puteiro