Tristeza não tem fim, felicidade sim Somos marcas de um tempo que o dinheiro nos trás Cultura que se perde esquecendo ancestrais História mal contada, inversão de ideais Um filme sem ator baseado em fatos reais Um drama, com a ação, tiroteio e vilão Sem comedia, não é fake sangue não é ficção A lagrima cai, e tantos corpos sem mais Amontados num cantos, e esse tanto aqui jazz Quem sobrevive, até anda, fala mas não pensa Dorme, come, sente e vive a descrença De um passado que mesmo com lutas se perdeu Nessa vitória o vencedor não foi você e nem eu O que separa nossa história, é algo simples demais Não destruíram o seu sonho, fique atento rapaz Castelos se constroem com muitas pedras irmão Desde que as mesma não estejam sobre o seu coração Tantas batalhas perdidas, e o monstro aqui dilacera Sem uma batalha vencida, como pensar nessa guerra Vi minha casa meu mundo, derrubada a favela Homem com armas em punho e o compromisso não zela Telefonema de uma homem que decide a história Cabral dos novos tempos, mandando índios embora Doutrinando o povo, que o medo é respeito Se ter um lar for um luxo, ocupar é um direito Mulher, criança e velho choram da mesma dor Como assistir a tudo isso e não odiar o opressor Que nos tira o que não temos, fica treta demais Quando a chuva não leva, o governo aqui e faz Disposição, surpreendente, armamento pesado Impressionante seria essa atitude com o trafico Mas cantando a canção, com a tristeza que vem Como lançar mais amor, se eu nem sei o que é o bem Eu vejo bombas e tiros, sangue e desespero Vejo gente chorando, mas uma coisa eu não entendo Esse perigo a mais, necessidade real De se armar desse jeito, com pessoas normais De um lado é arma, bomba e opressão Do outro lado eu vejo somente, desilusão De um povo que luta, por melhoras banais São negadas diariamente, e o governo se faz De loco, e fingindo sem saber o que há Rabo preso com industrias, sem pensar nos demais Quem rouba usa terno, e as leis que ele faz Nessa musica injusta, ja não canto por paz Vivemos numa guerra, desarmados na luta Tiram o foco do meu povo, na tv mulher nua Jogam drogas na quebrada, seduzem a rua Essa guerra agora é nossa, minha luta e sua