À margem calma de um Igarapé Vivia um casal de caboclo feliz E aquele ranchinho de amor e sapé Foi Deus quem o fez Foi Deus quem ouvi Um dia a cabocla correu distraída Brincando com as águas Tão longe da vida Dois gritos de horror no céu ecoaram E a pobre mestiça, as águas levaram Debalde um caboclo acudiu apressado Andou toda noite voltou desolado Bateu toda margem, rios bateu Chamou a cabocla, ninguém respondeu E hoje quem passa vê um triste velhinho Sentado num banco falando sozinho E a água parada do Igarapé A dor do caboclo Não ouve não vê E a água parada do Igarapé A dor do caboclo Não ouve não vê