Veio descendo afoita a ladeira Não via nada no seu caminhar Mamãe tingiu de sangue a ribeira Foi quando ela pariu o sabiá E a criança se embrenhou na água Saiu dançando meio a imersão Entre mulheres um sussurro ameno Entre os homens a contemplação Se levantou do rio abrindo as asas Jorrou um canto espetacular E o menino quando abria a boca Dava calor nas moça do lugar Vinha um fogo de dentro do ventre E a pele começava a formigar A ave despertou o ódio alheio Um homem lhe flechou o coração E ele tingiu de sangue a ribeira Todas as fêmeas na menstruação Dançaram, loucas, nuas sobre as águas Foi quando pariram sabiás