Quando eu era menino e um trovão me acordava chamava meu pai pra poder me explicar meio bravo e contente ele então me dizia são os ventos do sul conversando com o mar Na virada do tempo a chuva desaba e a festa não acaba com a vinda do sol os homens se espalham nas praias nas matas na caça com barcos a rede e anzol eh o sol eh o sol Hoje vivo nas ruas prédios e praças e a rolança do tempo me veio ensinar que a virada da vida se faz boca a boca nos copos nas mesas no sétimo andar Telefono pra amigos delato a ferida vou pra festa prum choro um samba no bar Troco idéias no escuro e picho nos muros é musgo crescendo nas pedras do mar eh o mar eh o mar