É como se eu flutuasse com alfinetes nas pontas dos pés, sim Ferindo tudo ao meu redor, é, logo eu Logo eu que sinto muito Eu sinto muito e sim, vou me enfeitar com cada lembrança boa minha Mas eu preciso me atirar contra o que penso de mim Da imagem que eu criei de mim Logo eu, logo eu E eu sei que assusta, mas a ferida que coço um dia tem que sarar E nem que seja com um vidro, farpa ou coração E se a garganta arranha, grita, grita Cospe tudo de vez, deixa sair Deixa sair, deixa sair O gosto ruim na boca é pouco E não sinto mais pena, nem raiva de mim Poder sorrir de novo, é Como aprender a caminhar Sentir que eu posso entregar de novo E é mais fácil começar do zero que consertar o que quebrou Se tornar caça e caçador de si Pra não se curar demais Se esquecer não é o que te faz inteiro