Jogou no lixo seu sonho E toda essa merda entopiu a privada De posse de um argumento medonho Cagou pros amigos, puxou a descarga Assistiu seu futuro escorrer pelo ralo E se viu no reflexo, foi no embalo Tão simples quanto olhar na sua cara É notar a feiúra aflorar tua alma A sua beleza se ofusca em desgraça E seu valor se perde numa dose de cachaça Afundou-se na lama do próprio perdão Cavou a sepultura e enterrou sua razão As mentiras que conta sujaram seu nome A virtude que o falta é atitude de homem Considerar alguém que eu já chamei de irmão E incontáveis vezes estendi minha mão Eu não vou mais deixar seu erro me afetar Daqui pra frente ninguém mais vai te salvar Viver de desculpa é sempre cometer Um erro ou outro e nunca perceber Que há sempre alguém que sairá afetado Toda sua desculpa te condena o culpado Considerar alguém que eu já chamei de irmão E incontáveis vezes estendi minha mão Eu não vou mais, eu não vou mais Deixar que a mágoa atrapalhe minha voz, minha missão Eu não vou mais, eu não vou mais Perder meu tempo com você e sua decisão Pensei em usar violência pra justificar A influência que o fez tudo abandonar Mas sei que a vida irá lhe ensinar Ela bate mais forte e é capaz de matar Esse orgulho covarde que há em você E tua mente fraca que o impediu de ver Que toda sua marca é fácil de esquecer Olha pra mim agora: Quem não sabe perder? Você diz que bancava toda correria E que era o único que se importava Esqueceu que amizade é uma parceria O custo da irmandade que eu nunca cobrava Em teus erros a culpa era sempre de alguém E seu posto renega com certo descaso Se na vida há males que vem para bem Dos males, o pior: Você foi um atraso Considerar alguém que eu já chamei de irmão E incontáveis vezes estendi minha mão Não tem como voltar atrás Rebobinar a fita é rever os erros de frente pra trás Subir na vida agora, só na base do tapetão Pra ver sua cara sendo pisoteada nesse chão.