[Marcel] Socorro, só corro No morro esporro escuto Enquanto ouço os pipocos Eu subo, não fujo, luto (mas) De degrau em degrau, eu logo passo da escada Tem ladeira, tem viatura, e dentro os porcos de farda Mas espera o mano que ta vindo na subida Com a presença dos home A massa aqui ta oprimida [Dalton] Asfaltas, sirenes e buzinas E a presença desses cães modifica a atmosfera Esse clima é tenso em vielas e esquinas Qual a diferença na minha deficiência Se só o que prolifera é esse cinza Com várias feras em sequela na inércia a espera da próxima brisa Faísca de pedra, poeira e erva É o que move e promovo o mercado e a melícia Então deita aí parceiro, é o exercito brasileiro Silêncio seus imundo, maconheiro vagadundo O dia de bobeira e não quer nada com a vida Mas essa é só mais uma abordagem de rotina [Marcel] E com a brasa que queima meu cigarro com o tempo E a fumaça que se dissipa ao relento com o vento Como a doutrina que implantei a minha vida Vou vivendo a minha cina rima em cima de rima Cantando nos quatro cantos, o quanto me espanto O que rola de baixo dos panos O que rolou com meus manos E agora onde eles estão? Respeito aos que estão na luta e não fugiram da missão Porque eles (acham) Que amedrontam a gente Porque eles tem as armas mas temos as nossas mentes E não vamos desistir tão facilmente (Vai vai, encostando aí, mão na cabeça vagabundo) [Filipe Fortunato] Então se liga, que a galera já ta ligada Porque o mano da escada falou que a quebrada ta embaçada E que os canas chegam de palhaçada com a sirene desligada Pronta pra meter porrada na rapaziada E parece até invenção Até piada Chega dando tapão na cara de quem não está fazendo nada De errado ou de ruim pra alguém Por que sempre foi assim Eles não respeitam ninguém Então deita aí parceiro, é o exercito brasileiro Silêncio seus imundo, maconheiro vagadundo O dia de bobeira e não quer nada com a vida Mas essa é só mais uma abordagem de rotina [Dalton] O sangue esquenta, a rua escorre uma sentença Abordagem de rotina pra por em dia as penitências Realidade intensa nos curtos a violência E a essência desse seus direitos no distintivo O instinto é lhe faltar com o respeito Eu to ligeiro, subindo a rua do progresso Fortificando os elos que estão comigo até o fim Disperso, réu confesso acusado de crimes que eu nunca cometi Alarmou sirene é cada um por si Metendo a fuga nas madrugas esquisitas Perseguido e oprimido por ter ilustrado essa pista Entre banhos de tinha Taxado e marginalizado Buscando o conceito Nessa salva de descaso Onde quem não se vendeu ta na caça dos contratos Fortemente armado na pista sem vacilação Eles apaga a fita nóiz queima várias buzão