Quando o frio de meus pés mostrar Que meu tempo nesse mundo acabou Quando, ao fim, meu coração prostrar Me dizendo, em versos mudos, que parou Somente sinta minha dor Caminhando pela solidão de uma estrada escura Caminhos que se cruzam nesse risco de me perder outra vez No meu peito, o medo da promessa, o medo da loucura Vão me levando pelo inferno de minha própria lucidez E um grito ecoa, vindo de todas as direções E o som pulsava no coração de quem ouviu No escuro e frio lado negro da noite A voz que me sussurrava e amedrontava à noite Era o sussurro da morte que, chegando até mim, sorriu Sim? Não? Então, pra sempre assim será? Sim? Não? Então, pra sempre assim serei até o fim?