Eu que não gostava de matear sozinho Sem ter o carinho de uma prenda linda Vivia sorrindo, longe da tristeza Pra minha tristeza essa alegria finda. Pois quem me fazia chimarrear contente Hoje vive ausente e recordo ainda. Fiquei só, eu , a cuia, a chaleira E as panelas lá na prateleira - Eu tapado de saudade E elas tapadas de poeira. Eu tenho guardado lá no meu ranchito Um papel escrito que ela me deixou - Bem esclarecido com detalhes vivos, Qual foi o motivo que me abandonou. Andava cansada de lavar panela Foi lá pra mãe dela e nunca mais voltou. Hoje chimarreando o amargo da saudade A felicidade virou solidão - Quando chega a hora de tomar um mate Sinto que ela bate no meu coração. Se vou na cozinha vejo a imagem dela Lavando as panelas e limpando o fogão.