Velho Azul-Marinho

O Seu Crime

Velho Azul-Marinho


Sempre que eu olho no espelho
Eu não reconheço quem é que tá lá
Sempre que eu olho o relógio
Percebo que as horas são todas iguais
Sempre que eu olho pra vida
Não vejo o futuro, não sinto o agora, só olho pra trás

Tudo é tão fácil
Quando se espera acontecer os fatos
Ser um mero coadjuvante sem valor.
Eu não acredito que agora
Essa tua história se tornou real
De galho em galho, mentira em mentira
Tu semeia o teu próprio caos
E ainda acredita
Que o tempo é capaz de curar as feridas, livrar-te de todo o mal.

Faz o teu espetáculo
Sem se preocupar com os cacos
Varre a sujeira para o outro lado
Você se acha certo, mas nada satifaz seu ego
Então finge ser cego, apenas pra ter alguém por perto
Você é reu confesso e todos os seus crimes foram sem sucesso
Então finge ser cego, apenas pra ter alguém por perto
Teu crime foi pensar que o tempo ia passar
E ninguém ia lembrar do que você foi capaz de fazer

Você se acha certo,
Não tem ninguém por perto
Você é réu confesso,
Pro inferno com seu ego!