Arte carne é meu depart E da parte faz-se o todo Para o rodo do enfarte Pé no lodo, apartheid Causa mortis, cred card Vida, dívida, embarque A defesa é ataque Copo d'água, tempestade Em pleno desmantelo Apresento imunidade Ameríndio quer espelho Para a face da verdade Filé é carne nobre Na boutique do abate Caeté não quer que sobre Nem sequer um abade O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, em vértice Amor e ódio O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, inverte-se Amor em ódio Uma morte, um alarde Para muitos já foi tarde Para outros vira mártir O cacique kamikaze A cobra vai fumar A onça, beber água E na oca vai entrar Uma índia de anágua Vai fazer strip tease Para seu abaporu Não adiantou o nome Na boca do cururu Ela quer monogamia Quer que ele se aquiete E ele foge da monotonia Várias tribos pelo chat O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, em vértice Amor e ódio O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, inverte-se Amor em ódio O urubu e a carniça O fogo e a fumaça Do bicho-preguiça Só sobrou a carcaça O fogo na floresta Que faz dela pasto Faz naquela festa O gado virar churrasco A flecha era espeto A reserva era rancho O índio era preto Agora brinca de branco A flecha era espeto A reserva era rancho Índio, preto, branco O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, em vértice Amor e ódio O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, inverte-se Amor em ódio O homem que come Ele mesmo se serve Nunca passa fome Assim que nós veve Um receptor Para minha parabólica Camila, pitanga Batida com vodka Tupi guarani Paricá, rapé Pitu, guaraná Oxalá, shark attack O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, em vértice Amor e ódio O homem que come self serve-se A si próprio Redundantemente, inverte-se Amor em ódio