O canto do cais do Valongo ô Que veio de Angola, Benin e do Congo Tem semba, capoeira e oração O Rio sai da roda de jongo e vai desaguar Na glória de São Sebastião Oi, bota abaixo, sinhô Oi, bota abaixo, sinhá Lá vem o Rio de terno de linho E chapéu panamá A correnteza De um Rio Branco é que traz A arte do canto e a dança De todos os sons musicais O teatro da vida não sai de cartaz A ilusão é uma atriz Se exibindo na praça linda e feliz Eu vou Da Revolta da Chibata Ao sonho que faz passeata Seguindo a canção triunfal Nesse Rio que vem e que vai Traço o meu destino E viro menino pra brincar de carnaval Sou carioca, meu jeito é de quem Vem com o sorriso do samba que a gente tem Meu peito é um porto aberto Pra te receber meu bem Vou de mar a mar, mareia Vou de mar a mar, mareia, mareou Iluminai o tambor do meu terreiro Ó santo padroeiro O axé da Portela chegou!