Vasco Debritto

A Bailarina

Vasco Debritto


Me lembra aqueles tempos
De muito tempo atrás
Eu vejo a bailarina
Tal qual me via no cartaz
Que anunciava sonhos
Que eu já não sonho mais

Me lembra aquelas tardes
Já quase fins de abril
Eu vejo essa traquina
Passando seus dias a fio
Imaginando o palco
Nos passos que ela descobriu

Me lembra aquelas juras
De fé e de paixão
Tá lá minha menina
Fazendo tripas, coração
Alegre, saltitante
Feliz a cada evolução

Dormindo com os anjos
Nem sonha as armadilhas
Que vida sabe preparar
E ela vai ter que desarmar
Fechada no seu mundo
De sonho e fantasia
Vai tratando de aprender
A valsa que ela vai viver