Dei um pealo na saudade O laço estendeu perfeito Pra soltar em liberdade Lá no potreiro do peito Na estiagem de verão Com a grama ressecada Tenho pasto de montão Na pastagem da invernada Sou campeiro e na verdade Criado em trabalho rude Mas pra sede da saudade Meu coração é um açude Brota de dentro do chão Água pura em quantidade Que desce pro ribeirão Pra cachoeira da saudade Ela desce num estalo E a nossa mente cutuca Vem no lombo dum cavalo Numa mala de garupa Sou campeiro e na verdade Criado em trabalho rude Mas pra sede da saudade Meu coração é um açude