Saibam que o xiru campeiro Tem no viver mais futuro Pois se levanta primeiro Já respirando o ar puro, Depois que a cambona chia E a lenha no fogo arde Vai camperear e só volta Com a brisa amena da tarde. Esse pampeano onde ande No verso aguenta o repucho Faz um hino que se expande Como ele próprio sem luxo Levando a voz do rio grande No som do pampa gaúcho. Carrega o laço nos tentos No coração a saudade Seu trabalho é no relento Com chuva ou tempestade, É um índio chucro no más Campeiro de serventia E o campo lhe satisfaz Nas lidas de cada dia. Esse pampeano onde ande... E logo após o poente Surge um luzeiro nos campos Num bailado incandescente Do voar dos pirilampos, O som da manhã formado Por passarinhos e galos Se junta ao berro do gado E ao relincho dos cavalos. Esse pampeano onde ande...