Andando de pago em pago O rio grande atravesso Cada parada um amargo Logo depois me dispeço Na garupa vai bagagem Do pingo branco domado Pra voltar dessa viagem Não tenho dia marcado. Nã deixei ninguém pra trás Ando com a alma serena Talvez eu não volte mais Se pialar uma morena Cavalo tem que ser macho Nessa longa caminhada Muitas léguas eu despacho Batendo cascos na estrada. Pra cumprir o meu destino Vou prosseguir nas andanças Se casar eu me doutrino Volto pra ver as crianças Se a chirua der carinho E for boa eu me desmancho Digo adeus aos caminhos Nunca mais saio do rancho. Levantar de madrugada Vai ser minha ocupação Ao cantar da passarada Vou cuidar da criação Plantarei na criançada Muita fé e esperança Porém minhas caminhadas Continuarão na lembrança.