Pelas estradas demoravam vários dias Batendo cascos com destino à invernada Laço nos tentos, relho e mala de garupa Pingo reserva pra aguentar a caminhada Ao fim do dia cansados pelos repechos O sol se pondo era o sinal de parada Sobre os pelegos e o poncho feito coberta É que dormiam pra seguir de madrugada. Os mais antigos, certamente alguns parceiros Sentem saudade deste guasca que se foi Os mais jovens pouco sabem dos tropeiros Que pela estrada iam gritando era boi. Onde andará o tropeiro aqui do sul Peão curtido da chuva e poeira do chão Quem silenciou o cruzador das estradas Repontador das tropilhas do patrão Foi palanqueado pelos tentos do progresso E o seu ofício foi pra história do rincão Hoje na estrada vai e vem cavalo e gado Todos prensados em cima de caminhão. Os mais antigos, certamente alguns parceiros Sentem saudade deste guasca que se foi Dos mais jovens poucos sabem dos tropeiros Que pela estrada iam gritando era boi.