Forte fracasso na vida Transformou seu coração Sentindo a alma ferida Entregou-se à solidão Não se lembra da família Que por ele ainda chora E partiu sem deixar trilha Por esse mundão a fora. Maltrapilho e sem destino Andando a beira da estrada Lá se vai pobre teatino Na bagagem quase nada. Frio e fome tem passado Barba e cabelos compridos Dorme ao relento atirado Mais um andante esquecido Mergulhou a própria vida Dentro de um viver insano Traz a memória perdida Mas ainda é um ser humano. Maltrapilho e sem destino... Vai levando contra o vento O peso do seu desgosto Cada ruga é um sentimento Que traz marcado no rosto Com a vida quase parando Sem passado e sem presente Seu futuro vai rolando Que nem tora na enchente. Maltrapilho e sem destino...