De pilcha nova hoje eu to abagualado E embodocado pra varar o rio Uruguai Mandaram um chasque tem bailanta do outro lado Quero chegar já largando um sapucay. Gosto de toque de gaitinha de oito baixos Mostrar o braço da velha estirpe campeira Desde pequeno pra me aquieta nos seus braços A minha mãe já me assobiava uma vanera. Na polvadeira da tradição do rio grande Se esquenta o sangue a pavio de candeeiro E a indiada buena disposta a aumentar a sala Leva no pala o atavismo missioneiro. Pra quem carrega a madrugada na garupa Com uma gaúcha doce mel de camuatim Sabe que a alma se acolhera na percanta E o ferro canta se alguém tocar no jasmim. Eta surungo chucro pintor de auroras Onde as horas vão no galope do vento Nem bem termina vai batendo uma saudade Com a vontade beliscando um sentimento.