Vivendo a procura da morte Numa caça que não tinha fim Andei em círculos até morrer Não via que a morte é quem procurava por mim Só os mortos das ruas entendem O sabor do veneno da sarjeta Só na sarjeta é que se entende a dor De quem não tem nada a perder No abrigo do assassino Num tranquilo esconderijo Mas atocaiado, vencido e esquartejado Esquecido não está Só os mortos das ruas sentem bem O gostinho do veneno da sarjeta Quando se perde a moral de mandar Nos vermes do seu próprio cadáver Só os vermes das ruas que sabem Do valor do caralho da sarjeta Só na sarjeta se livra da dor De vidas estragadas a toa