Desconheço a pedagogia que privilegia uma só classe Te dá poder financeiro mas agora prisioneiro torna-se Das armadilhas teóricas aos redores logo podes cair Nesse instante ser neutro anula o caminho pra onde quer ir Poeta sem uma meta concreta fórmula irrealizações De forma discreta a alma inquieta quebra padrões Embora seja confuso traduzo a sutileza artística Lembrando da prece que apodrece a mente egoística Livrando do mundo se sobrecarrega as minhas certezas Tornando passos lentos, onde andava com toda presteza Estou farto dessas influências, morais e individualistas Retrai pensamentos sadios entre ateus e espiritualistas Exijo respeito corrijo defeito, sobre sussurros e gritos Tatuo no peito ações brandas, desmantelando atritos E o prognóstico inflama a prática sábia da sua franqueza Aviso é prévio leve a sério e verás tuas proezas Não basta ter conteúdo heroico sem o lado paterno Pois Cristo também sofreu e morreu mais tornou-se eterno Exausto percorro na persistência atrás da evolução Severa é as perdas que mata tudo que cerca a inspiração Podes desistir sucumbir de lutar se assim preferes Jamais irá crescer, vencer se melhor de ti não deres Esquece o pretérito almeja a redenção do amanhã Viva o presente com semblante, amante da mente sã Peça auxílio quando precisares encontrar novas saídas Destaque-se da aglomeração urbana de ideias caídas Prevaleça sobre incrédulos que na mentira habita Pensa e repensa usa a inteligência e não se precipita Penso, penso logo existo e assim resisto e não desisto Quem consegue no mundo caótico ser cordial Descrever com exatidão que ter fé é primordial Mesmo se a visão for estrábica, acoplada de rédeas E a cabeça uma fábrica falida de velhas ideias Nesse mar de ilusão a face arrogante avermelhada Banha-se na hipocrisia e sai molhada Redijo e me distraio faminto sacio a fome Mato a sede embreagando-me do saber que me consome Medito na lida as rimas declina ao erudito Tenho dito e me animo e luto pelo que acredito Compactuo e atuo na mesma cena diária Imito a arte pra vida ser menos arbitrária É necessário encontrar equilíbrio e ali permanecer Testemunhar o Sol nascer e a Lua morrer Procuro por igualdade e sabe o que descubro Dentro de todas as veias o sangue é rubro A riqueza faz do espírito nobre um pobre Preso na vaidade e ganância joelho se dobre Esteja ciente que irá embora dessa infinitude Irás feliz pois foi fiel nas tuas atitudes É isso que mantém vivo sempre de bem sorrindo Ojerizam rimas inspiradoras e continuam ouvindo Críticos malignos censuro ignoro tais falatórios Insensatos e avarentos não terão futuro promissório Seu mundinho ilusório nunca deixará de ser rascunho Pois as suas ações errôneas é pior que arma em punho Diz o ditado falar é prata, calar é ouro acredita O mau sempre volta pro tolo que o pratica Batalha contra e se desespera e fica pra traz Depois de perder a guerra os falsos querem a paz