O tempo que passou Nos traz recordação Vamos lembrar na avenida Candeia, Luz da Inspiração Ao som da viola e pandeiro Sou mais o samba brasileiro Assim ele nos dizia Portela, sua escola de coração Que emoção ao desfilar com os sambas que ele fazia Fundou Quilombo que aos pobres ajudou E a linda arte negra também mostrou Olha o jongo, boi - bumbá Olha o maculelê Capoeira vou jogar Ele inovou revivemos sua raça Tornando todos os dias em um dia de graça Bate palmas para mim O patrão que o ano inteiro vive a me torturar Cantar É a maneira de desabafar É sorrir pra não chorar Igualdade, liberdade é natural Pro negro não mais voltar ao humilde barracão Para toda humilhação acabar afinal Agora canta, meu povo canta Esquece as mágoas porque hoje é carnaval Agora canta, meu povo canta Em homenagem ao sambista imortal