Vestido de rei, me contas de lá Meu fio de contas é mais que um colar Remonta a glória de um templo bonito De angola, do congo, será o benedito Um dia fui chamado de muzenba Era o filho de sangue me criei em seu cafundó O tempo passa, soa o sino no badalo Quando o primeiro galo faz o seu cocorocó Ôôô o pó de ouro na cabeça de galanga Ôôô traz a nobreza que enriquece o meu samba E segue o cortejo, é nova atitude O sangue e o desejo de ser negritude O meu preto velho não nega a raça E diz a essa gente que hoje é dia de graça O meu pai veio de angola De angola, angolá, êê êá A senhora do rosário, a congada no terreiro É cabuçu, reinado preto brasileiro